Nascido em 1966, no Brasil, radicou-se em Portugal na década de 80, onde frequentou, como bolseiro, a Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, em Lisboa e, desde então, seu trabalho vem sendo caracterizado por uma grande pluralidade musical e instrumental, tendo colaborado em conjunto com diversos nomes da música portuguesa e da cena internacional.

 

Alternando entre baixo e contrabaixo tem conduzido sua jornada através de inúmeros gêneros musicais tocando e gravando ao lado de nomes como Rui Veloso, Pilar Homem de Melo, Dulce Pontes, Sérgio Godinho, José Mário Branco, Maria João & Mário Laginha, Ana Moura, Wayne Shorter, Cliff Korman, Rick Lathan, John Stubblefield, Frank Colon, Manu Katche, Luiz Avelar, Ivan Lins, Chieftains & Ry Cooder entre muitos outros. Há mais de uma década também integra o Jan Garbarek Group, com Jan Garbarek, Trilok Gurtu, Rainer Brueninghaus.

 

Além disso, ao longo de sua carreira, Yuri tem desenvolvido trabalhos de composição que resultaram nos álbuns South Way, Ritual Dance e Northern Lights.

 

South Way, “à maneira do Sul”, de 2010 foi seu primeiro trabalho autoral, em parceria com Filipe Raposo e Johannes Krieger. O álbum é uma viagem entre os mundos do norte e do sul da Europa, propondo elos e homenageando o povo sulista de Portugal, com a sua forma suave de ver a vida sob um olhar positivo. 

 

Em Ritual Dance, de 2015, além de suas composições originais, Yuri nos envolve novamente com as parcerias criativas de Filipe Raposo, Johannes Krieger e Vicky Marques. Tendo como fonte de inspiração o livro de Patrick Wilcken “Império à Deriva – A Corte Portuguesa no Rio de Janeiro 1808-1821”, o álbum percorre os deslumbrantes e luxuriantes caminhos da profusão rítmica brasileira e dos vestígios da herança lusitana na miscigenação cultural em “Terras de Vera Cruz”. As músicas ilustram, de forma crua e explícita, esse ambiente efervescente em um período que, o Brasil e particularmente o Rio de Janeiro, foram palco de uma grande evolução cultural, deixando de ser a maior colônia portuguesa e passando a assumir o inusitado papel de “nova metrópole”.